quinta-feira, 31 de março de 2011

A (Des) Assistência Psiquiátrica em Fortaleza

Dr. Fábio Gomes e Matos e Souza
Professor Associado de Psiquiatria Universidade Federal do Ceará
PhD em Psiquiatria Universidade de Edimburgo
Vice Presidente do Núcleo de Psiquiatria do Estado do Ceará
CPF: 104842303-44
CREMEC: 3043
Fones: 32673867 / 91714770
E-mail: fgmsouza@yahoo.com.br

A Associação Brasileira de Psiquiatria bem como o Conselho Federal de Medicina tem uma posição muito clara a favor da assistência global e integral ao paciente portador de transtornos psiquiátricos, de forma que em consonância com nossas entidades representativas e nossa consciência não podemos “assistir” passivamente a esta falta de assistência que os pacientes cearenses estão sendo submetidos em nome da própria dignidade da pessoa humana. 

segunda-feira, 21 de março de 2011

SERÁ QUE É O SUFICIENTE.

POSTAGEM DO SITE DA SMS FORT.-Ce
Novos avanços:A partir do final deste mês de março, 120 vagas em comunidades terapêuticas passarão a ser oferecidas por cinco instituições conveniadas, possibilitando a atenção a usuários de drogas por períodos de até seis meses. Também até o fim deste mês, o Caps AD da Regional II passará a funcionar 24 horas por dia, oferecendo 12 leitos para pacientes usuários de drogas, e, até o final deste semestre, mais um Caps adotará o regime de funcionamento 24 horas. A Santa Casa de Misericórdia passará ainda a oferecer o serviço de desintoxicação, com 12 leitos para usuários de drogas.
Rane Félix afirma que ainda há em Fortaleza 44 moradores em hospitais psiquiátricos. Esses pacientes serão transferidos para Residências Terapêuticas até o final do próximo ano. “Temos uma Residência Terapêutica na Regional I, uma que vai passar a funcionar ainda neste mês, em parceria com o Movimento de Saúde Mental Comunitária do Bom Jardim, na Regional V, e quatro vão ser abertas até 2012”, aponta Rane.
“Nossa política tem como objetivo realizar um trabalho com cuidado, humanizado, respeitando os direitos das pessoas. Nossa proposta é implementar uma política de saúde mental comprometida com os princípios e diretrizes da reforma psiquiátrica, conforme preconiza o Ministério da Saúde, e respeitando a lei 10.216/2001, que institui um novo modelo de tratamento para as pessoas com transtornos mentais. Além disso, estamos cumprindo também a lei Mário Mamede, lei estadual 12.151/1993, que proíbe a ampliação de leitos em hospitais psiquiátricos no estado do Ceará”, conclui a coordenadora de Saúde Mental.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Fortaleza referencia em Saúde Mental?

quarta-feira, 16 de março de 2011

Saúde Mental em Fortaleza é referência no país

O debate em torno do atendimento em saúde mental foi retomado em plenário, nesta terça (15), pelo líder do governo municipal na Câmara dos Vereadores, Ronivaldo Maia (PT). O destaque que alguns veículos da imprensa têm dado à redução do número de leitos psiquiátricos para atendimento do SUS, na sua avaliação, é um assunto cuja discussão é mais ampla e diz respeito à reforma psiquiátrica. “Um dos objetivos dessa reforma é a chamada “desinstitucionalização” do paciente psiquiátrico, principalmente para que ele possa ser acompanhado pela família, com o apoio de serviços substitutivos como os CAPS e as Residências Terapêuticas”, ressaltou Ronivaldo.
Ele observou que o objetivo da Secretaria Municipal de Saúde é criar leitos para pacientes de saúde mental nos hospitais gerais, cerca de 10% to total, no intuito de que os casos mais graves possam ser internados, ter início do seu tratamento e depois serem acompanhados nos CAPS, sempre com o apoio da família. O líder destacou os notórios avanços na área de saúde mental em Fortaleza, se tornando referência em todo o país. “Todas as Regionais são hoje dotadas de CAPS Geral e CAPS Álcool e Drogas. Duas Regionais já têm CAPS Infantil. A quantidade de CAPS saltou de três unidades na gestão passada para 14 no governo da prefeita Luizianne Lins”, disse.
Visita Ministério Saúde – Ainda no plenário, Ronivaldo Maia informou que Fortaleza está recebendo, ao longo desta semana, a visita de uma comissão do Ministério da Saúde (MS) para o acompanhamento das ações de controle da dengue. A equipe se reunirá com os secretários de Saúde de Fortaleza, Alexandre Mont’Alverne, e do Estado, Arruda Bastos, e com médicos da rede pública. Fará ainda visitas a hospitais e unidades de saúde. Entre os integrantes dessa comissão está o consultor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Eric Martínez Torres. Fonte:
PT Fortaleza.
 

quarta-feira, 16 de março de 2011

Ong denucia descaso na Saúde Mental


O acolhimento no hospital ela já vivenciou por nove vezes. Diagnosticada com transtorno bipolar há muitos anos, a funcionária pública aposentada sabe o que é precisar de um leito psiquiátrico em momentos de crise. “Em casa a gente não fica livre como fica no hospital. As pessoas não entendem, dizem que a gente está fazendo barulho, ficam com vergonha”, descreve.

Com o fechamento de 103 vagas da Clínica de Saúde Mental Dr. Suliano, em fevereiro, a busca por leitos psiquiátricos em Fortaleza tem sido mais difícil para familiares e parentes com transtornos psiquiátricos. E esse quadro tende a piorar com o fechamento, em breve, de mais 80 vagas no Instituto de Psiquiatria do Ceará.

A falta de leitos prejudica pacientes de esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão e demência em crises psicóticas agudas.

A presidente da ONG Associação em Defesa da Saúde Mental (ADSM), Valéria Novais, defende que os governos municipais e estaduais encontrem alternativas para a falta de leitos em hospitais psiquiátricos na Capital. “Já existia lista de espera antes dos fechamentos. É preciso que hospitais clínicos também ofereçam leitos psiquiátricos”, argumenta.

Para o presidente do Núcleo de Psiquiatria do Ceará, Alonso Aquino, o fechamento de leitos é resultado do “tratamento psiquiátrico com ideologia” em que, segundo ele, o atendimento nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) acabou se tornando única alternativa. “Muitos acreditavam que não havia mais doença mental, que elas poderiam ser tratadas só ambulatorialmente”, critica.

Ele avalia que não há interesse governamental em resolver o problema e que a extinção gradativa das vagas aponta para o fim dos leitos psiquiátricos em Fortaleza.

Espera
A situação da falta de leitos em Fortaleza foi denunciada ao Ministério Público Estadual pelo psiquiatra Adelmo Aragão. Funcionário do Hospital de Saúde Mental de Messejana, Adelmo conta que a espera no Hospital de pacientes e familiares, muitos deles vindos do Interior, chega a durar entre três e cinco dias.

Para explicar a política de redução de leitor e o motivo do fechamento de leitos psiquiátricos, O POVO tentou contato com a coordenadora das políticas de Saúde Mental do município, Rane Félix, mas até o fechamento da edição não obteve resposta.

Por quê

ENTENDA A NOTÍCIA

A Política Nacional de Saúde Mental, criada em 2002, prevê modelo de atenção aberto e com base na comunidade. Para os psiquiatras, porém, os leitos ainda são necessários para tratamento de pacientes com crises agudas.

SAIBA MAIS
O psiquiatra Adelmo Aragão alerta para desproporção entre número de leitos psiquiátricos e população no Ceará.

Segundo Aragão, a média cearense é de 0,07 leitos para cada mil habitantes.

A recomendação do Ministério da Saúde é de que haja pelo menos 0,48 leitos para cada mil habitantes.

No Japão, essa média é de 2,9 leitos para cada mil habitantes.


Thiago Mendes
thiagomendes@opovo.com.br

DENGUE

Estamos em um periodo critico. ( fonte: Tv Verdes Mares)

   De acordo com o boletim divulgado nesta sexta-feira (10) pela Secretaria de Saúde do Estado, já foram confirmados 1.810 casos de dengue esse ano no Ceará. 9 de dengue hemorrágica; 2 pessoas morreram. Fortaleza é o município com o maior numero de casos. Seguido de Itapipoca na região norte.

  • Antonio Evandro 12/02/11 22:22
    Hoje quando se ouve falar em dengue é algo assustador, mas muitas pessoas não se dão conta dos riscos a que se expoem. Posso relatar que ao longo de trabalhos que realizamos em nossas comunidades so conseguiremos extirpar esse mal quando todos moradores se empenharem de fato no sentido de eliminar o Aedys Eagypti, mosquito vetor da doença. Mas a nossa população pode ter conhecimento, porem não tem a educação para pô-lo em pratica. Trabalhos de concientização são realizados pelos Agentes Comunitarios de Saude e Agentes de Endemias juntamente com as Secretarias municipais de saude. Mas falta a população fazer sua parte evitando a ploriferação do mosquito, pois ele se reproduz em águas paradas. E vale salientar que a fêmea do mosquito põem em média 400 ovos, e que estes poderão sobreviver por mais de um ano, basta so acumular água onde eles foram posto que eles eclódem. Me lembro que certos anos atrás era dificil ouvir falar em casos de dengue, mas hoje é muito comum no interior. Então cabe a cada um de nós fazermos a nossa parte para evitarmos essa epidemia em nossas familias.
  • terça-feira, 15 de março de 2011

    Saúde Mental na UTI

    Antonio Mourão Cavalcante - Professor Titular e chefe do Serviço de Psiquiatria da Faculdade de Medicina/UFC
    a_mourao@hotmail.com


    A Psiquiatria é uma especialidade médica, assim como existe a Cardiologia, a Pneumologia e tantas outras qualificações. A Psiquiatria se ocupa dos transtornos mentais; aqueles problemas que envolvem a esfera afetiva, emocional. Podem ser situações simples ou extremamente graves.

    Fica evidente que a abordagem terapêutica deve ser a mais abrangente possível. Por isso, preconiza-se a existência de uma rede de assistência envolvendo vários modos e práticas de ajudar as pessoas em sofrimento.

    Antigamente, essa assistência se resumia ao hospital. Funcionava como um isolamento social. Exclusão. O advento dos psicotrópicos e o desenvolvimento de variadas técnicas psicoterápicas humanizaram a Psiquiatria tornando-se uma rede com diversos e variados pontos de apoio.

    A Emergência continua sendo um dos setores essenciais da intervenção psiquiátrica. Não dá para fechar clínicas especializadas ao sabor das conveniências do gestor público.

    Pois a Secretaria Municipal de Saúde, em Fortaleza, resolveu – de uma canetada – excluir da assistência psiquiátrica do Sistema Único de Saúde (SUS) quase 200 leitos psiquiátricos. Duas clínicas em nossa cidade: o Instituto de Psiquiatria do Ceará (IPC) e o Hospital dr. Suliano foram sumariamente fechados. O SUS paga R$ 40 por dia, ainda assim, não tem dinheiro.

    A partir de agora, famílias desesperadas rondam a cidade procurando solução para os parentes que deliram e descompensam emocionalmente.

    A medida foi tomada sem qualquer escrúpulo e preparo. Na coxa. Pudera, são pobres, socialmente excluídos, mentalmente enfermos. Párias da sociedade. Ninguém irá lutar por eles, nem realizará protestos. Não mexem com as elites... Insinuar que os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) poderão assumir a responsabilidade é uma maneira irresponsável e evasiva de conduzir a Reforma Psiquiátrica.

    O doente mental merece respeito. É um ser humano pleno de dignidade. Não se pode voltar aos tempos medievais quando eles eram expulsos da convivência social. Feito o lixo das ruas...